quinta-feira, 18 de março de 2010

Marketing Esportivo: As Seleções e o consumo brigando por espaço em campo


EMOÇÃO ESPORTIVA SEDUZ CONSUMIDORES E ALEGRA ANUNCIANTES
Empresas apostam no marketing esportivo e promovem açõese estratégias para obter lucros e consolidar imagem


Olhares atentos, gritos abafados e o coração a mil. Torcedor sofre, mas tudo parece valer à pena no momento mágico em que a bola balança a rede, quando uma cesta de três pontos é feita ou quando um set é fechado com um belo ace. É que os esportes envolvem sempre sentimentos e emoções. E foi pensando justamente nisso - em uma forma de comunicação que possa remeter à adrenalina, alegria, conquista e vibração - que grandes empresas e marcas começaram a associar seus nomes a clubes, atletas e modalidades esportivas. "marketing esportivo compreende um conjunto de ações, planos, estratégias e produtos que visam associar uma organização a um evento ou clube esportivo com o objetivo de obter lucros e/ou consolidar a sua imagem diante de determinados grupos ou da sociedade como um todo."

É importante ressaltar que a paixão nacional não é o principal alvo quando se fala em marketing esportivo. Muito pelo contrário: segundo pesquisas recentes, o vôlei é o grande campeão em investimentos nessa área. Mas há bons trabalhos também na natação e, mais recentemente, no iatismo e na ginástica olímpica. Há ações bem-sucedidas inclusive em esportes considerados de elite como o hipismo e o golfe. Apesar de tantos esforços, estamos distantes do patamar já obtido em outros países, como os EUA, a Espanha, a Itália, a Inglaterra. Isso porque, de acordo com especialistas, muitos empresários vêem o marketing esportivo a partir de uma perspectiva imediatista, de curto prazo, e tendem a interromper a parceria e o projeto, se o clube, por exemplo, a quem patrocinam, não obtém títulos.


COMO INVESTIR? - Na hora de apostar em campanhas de marketing esportivo alguns detalhes são levados em consideração. Uma boa política de marketing esportivo tem pelo menos três atributos básicos: a identificação do evento ou clube, que é objeto da ação do marketing, com os negócios e a cultura da organização; a identificação da atividade esportiva, que é objeto da ação do marketing, com os públicos de interesse da organização; e por fim, o planejamento elaborado de tal forma que a organização possa obter retorno de seu investimento. Esse retorno não precisa necessariamente se traduzir em lucros, mas pode se agregar valor para a imagem institucional ou consolidar determinadas marcas ou produtos da organização.

O marketing esportivo não deve ser a única ferramenta de promoção de uma marca. Embora ele remeta à imagem do produto com conquistas, objetivos e metas alcançados, associado com outro tipo de exposição na mídia possui um reconhecimento maior e eficaz. Os espaços normalmente são escolhidos conforme o objetivo e, claro, a verba do cliente. O mais apropriado é que se faça o chamado "mix de mídia", ou seja, faixas, placas, painéis, camisas, chuteiras.


A maioria dos torcedores afirma não prestar atenção nas placas espalhadas pelo gramado e nas chamadas repetitivas do locutor durante uma partida. Mas quem não viu o nome do SBT na telinha da Globo, impressos nos uniformes do Vasco da Gama no final da Copa João Havelange em 2000? Ou quem não sabe que o Guaraná Antarctica é o patrocinador oficial da seleção? O marketing esportivo está em todo lugar, e quando é bem feito, faz com que as pessoas absorvam uma idéia ou comprem um produto sem nem perceber. E quem se importa, desde que o time da gente ganhe?


FONTE: REVISTA PRONEWS

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